Lorelai
Música: "Must Get Out", Maroon 5

Detesto pessoas falsas. Odeio aquela sensação te termos confiado em alguém, de termos pensado que encontrámos um amigo e de repente isso tudo nos rebentar na cara, aquela vozinha irritante no fundo da nossa consciência a perseguir-nos dias a fim, "Eu bem te disse, eu bem te disse"...

Detesto continuar a enganar-me com as pessoas. Mas porque é que eu confio em pessoas que, vendo bem, eu mal conheço - e que a cada segundo que passa, só demonstram que não me conhecem, de todo?

Não vale a pena. Ilusões, já me chegam as que vagueiam constantemente pela minha cabeça. Não preciso que aqueles que se auto-intitulam "meus amigos" o sejam também.

Estou farta deste espaço pequeno em que estou há demasiado tempo, o ar começa a faltar-me, estou a sufocar. Preciso de sair daqui, preciso de me encontrar.

Preciso de mim.



(Como seria bom entrar simplesmente num avião e partir para Londres de novo... Sozinha, sem nada nem ninguém a prender-me, só eu com os meus sonhos, comigo...)
Lorelai
Música: "Un'Emozione Per Sempre", Eros Ramazzotti


Bem... Fiquei absolutamente sem palavras. Em boa verdade, não fazia a menor ideia do que se passava quando, após um fim-de-semana sem net, cheguei à minha caixa de correio e tinha, no mínimo, uma boa dezena de comentários a respeito desde blog - que, devido a bloqueio de escritora associado simplesmente à vida (um sonho por Itália, regresso à Faculdade...), não tinha uma única entrada desde Junho. Ao ler tudo o que me escreveram, para além de que fiquei totalmente apática e (confesso...) com lágrimas nos olhos, comecei a ouvir a engrenagem do meu cérebro a funcionar: aparentemente, o meu blog passara de novo na Comercial (desta vez não me contactaram, não fazia ideia). Só que continuo sem ter a certeza se foi isso que aconteceu: a página não foi actualizada e portanto não tenho forma de sabê-lo... Enfim, não deixou de ser uma das surpresas mais agradáveis que já tive, porque este cantinho já fazia falta!

Não posso fazer mais do que agradecer-vos infinitas vezes as vossas palavras. Continuo a achar que são demasiado simpáticos e que não mereço tantos elogios, mas é inexplicável o que sinto ao ler quando vocês afirmam que as minhas palavras vos tocam. Esse é, sem a menor sombra de dúvida, o elogio maior que podia receber, aquele que com mais carinho guardo no coração.

Têm sido tempos difíceis, velozes e vazios, algo mecanizados e com pouco coração. Daí que tenha ainda mais a agradecer os inúmeros comentários que continuo a receber, porque me fizeram sorrir e chorar em simultâneo, fizeram-me sentir viva e deram-me ainda mais força para lutar pelo meu sonho mais antigo; porque o comentário que me tocou mais fundo (sem querer descurar nenhum dos outros) foi o último que recebi até agora:

Duarte said...
E um livro nao estás a pensar em escrever? Devias. Beijo e boa sorte ;)

O motivo é simples: desde que sei o que ler e escrever é - ou seja, desde que me lembro de "ser gente" - o meu desejo mais profundo é tornar-me uma escritora. Daí que uma espécie de vozinha a clamar pelo meu sonho mais antigo encontre muito facilmente o caminho certeiro para tocar-me profundamente.

De facto... posso apenas dizer que vos agradeço profundamente. E, apesar do ritmo acelerado em que agora me encontro, espero conseguir encontrar o tempo para continuar a vir aqui. Por mim, pelas vossas palavras.


Obrigada :)
Lorelai
Música: "Sunday Morning", Maroon 5

Acordei como se me tivessem chamado suavemente, totalmente descansada e em paz com a vida. O meu primeiro pensamento foi para a vida, para o Mundo, para algo que não uma pessoa em particular. Fiquei alguns segundos a ouvir a chuva cair lá fora, depois levantei-me para abrir as portadas, deixei a ténue luz esbranquiçada de nevoeiro entrar pelo quarto. Voltei para o meio dos lençóis, encostei a cabeça na almofada e fiquei ali a ouvir um pouco mais as gotas de encontro às telhas, vendo agora a água cair atabalhoadamente.

O que mais adoro neste momento é a perfeita sintonia entre a Natureza, a chuva no meio de Junho, e o meu estado de espírito, tão confuso, feliz mas triste, enérgico mas melancólico. Só momentos depois de despertar, ao ficar a olhar pela janela na quente preguiça de fim de semana, é que me recordo daqueles olhos azuis perfeitos. Soube bem viver as últimas semanas sem pensar no Passado, importando apenas a felicidade de cada pedaço de vida, sem lamentar oportunidades perdidas há muito tempo, sem indagar os mil porquês de coisas agora sem o mínimo de sentido. E tudo por causa daqueles olhos azuis.

Acabou, como tudo o que é bom na vida. Mas penso que é mesmo como dizem: os momentos perfeitos não duram para sempre, duram apenas o tempo necessário para se tornarem inesquecíveis. E isso, claramente, aconteceu. As últimas semanas hão-de ficar sempre comigo.

Obrigada por me libertares do Passado e me mostrares o Mundo que ainda está aí fora.

:)
Lorelai
Música: "Killing Loneliness", HIM

Aquele peso no peito, um aperto no coração, as lágrimas a bailarem nos olhos e a teimarem em quererem saltar, um vazio, aquele vazio, vazio inexplicável. Não há palavras para descrever este estado de espírito. E eu nem sei porque é que estou assim.

Não és tu, já não és tu, já é mais que tempo que não sejas tu - e não és, ainda que quando me sinto assim ainda pense em ti. Mas não é por ti, não tem nada a ver contigo. Só que também não sei com o que é que afinal este sentimento de pura letargia, tristeza ou vazio - ou até mescla de tudo isto - está ao fim e ao cabo relacionado. Odeio esta sensação de completa inutilidade, de ridículo, de solidão. Acaba por ser isso mesmo: solidão. Nunca estive tão bem e nunca estive tão feliz - nunca tive tantas pessoas absolutamente perfeitas do meu lado. E sei que estou bem. Só que falta algo, falta-me um pedaço e já não sei onde o encontrar.

Talvez o melhor seja mesmo nem procurar. É inútil - e para inutilidade já me chega o resto, já me chega este sentimento perdido por aqui e que insiste em ficar. Assim, talvez seja mesmo melhor sacudir esta tristeza, levantar os olhos e fitar o céu, por mais nublado que esteja - porque sempre é uma perspectiva diferente. Mais vale ficar-me pelas pequenas coisas que me vão fazendo sorrir todos os dias, mais vale ir vivendo através da vida dos outros, sentir emoções diferentes apenas através dos outros. É mais seguro e provavelmente é o que me está de facto reservado. E ao menos assim não dói quando a desilusão bate à porta.
Lorelai
Música: "Radio", The Corrs (simplesmente porque fica apropriado, não?)


Parece que é mesmo verdade: a minha Caixinha de Sapatos cibernética passou na
Rádio Comercial este fim-de-semana, com as musiquinhas tal e qual como pus aqui no blog. Não há palavras para explicar a sensação de ouvir as nossas palavras, que nos trazem tantas memórias, pela voz de outra pessoa, acompanhadas no fim por músicas tão especiais. Obrigada, Rádio Comercial, por seleccionarem este meu espaço.

Agradeço desde já os comentários demasiado simpáticos que já recebi: a sério, não mereço assim tanto! De qualquer modo, mil obrigados pelas vossas palavras que, confesso, me emocionaram bastante. A importância da escrita para mim é indiscritível, e saber que as minhas palavras chegam a alguém da forma que afirmaram ter chegado... É tudo. E sabe mesmo bem ter a noção de que há mais pessoas que sentiram o mesmo que eu. Obrigada!

Espero que estas palavras que por aqui vou deixando vos continuem a fazer algum tipo de companhia. E mais uma vez... obrigada!
Lorelai
Música: "Quem Me Leva Os Meus Fantasmas", Pedro Abrunhosa

Volta. Olha-me mais uma vez, dá-me só mais um abraço, beija-me por um segundo que seja. Sorri-me em toda a nossa cumplicidade, mostra-me de novo esse paraíso no teu olhar. Enfeitiça-me ainda com esse perfume só teu, queima-me com os arrepios do teu toque. Faz-me rir, faz-me chorar, faz-me querer partir e não ir. Agarra-me, só para me largares no instante seguinte. Ri-te, chora - mas ri-te e chora comigo. Traz-me de novo sonhos pintados no céu, dá-me só mais uma vez a lua daquela noite, regressa para um único amanhecer apenas. Odeia-me, ama-me; permite-me amar-te, odiar-te, sentir todo um turbilhão demente de emoções. Ignora-me, ouve-me, desaparece e chama-me. Traz-me essa tua voz tímida só mais uma vez. Esquece-me, não me ames... mas volta. Volta.
Lorelai

Música: "You&Me", Lifehouse


Não é que ande a chorar pelos cantos, não é que esteja infeliz sequer. Não me afecta enlouquecidamente, não passo os dias a pensar nisso. Mas não posso impedir uma frustração, alguma tristeza, uma raiva por mim mesma - repentes de vontade de chorar quando penso no que foi... e já não é.

Dei-te tudo. Dei-te o que de melhor eu sou, do que de melhor sei ser. Nunca, nunca tinha gostado tanto de alguém ao ponto de fazer determinadas coisas, de perder horas de sono, de sentir um mal-estar porque pressinto que algo não está bem, de me preocupar demasiado por tu te magoares. Nunca.

Dediquei tanta força, tanto empenho, tantas lágrimas a um sorriso breve, a uma piada solta, a um toque fugidio. Perdi-me, perdi-me por demasiado tempo nesse mundo que é só teu e - sei-o agora - continuará a sê-lo por muito tempo. Perdi o meu próprio mundo secreto por já não saber viver sem o teu mundo secreto. Nada tinha metade do gozo se tu não estivesses perto, tudo perdia a lógica se tu não estavas bem, se eu não estava bem contigo.

Entristece-me que dei tanto a alguém que foi tudo para mim, quando descubro afinal que eu nada fui para ti.

Nunca tinha sequer considerado fazer parvoeiras como as que fiz com mais ninguém. Mas a forma como gostava de ti levou-me a fazer o que nunca achara possível ver-me a fazer: ficar completamente parvinha e perder a Razão por estar perdidamente apaixonada...

E o que senti, ou sinto ainda, quando penso em ti, é simples: a minha razão de viver naquela altura, sufoca-me hoje em dia. Não parece real estas "duas vidas" que vivi e vivo terem um qualquer ponto de união. Talvez fosse eu esse ponto de união; mas já nem sei bem quem sou. Deixei que tu, o que eu sentia por ti, me definisse ao longo desses momentaneamente longos e fugazes meses. Não sei que fazer, já nada me parece muito interessante, já nada tem realmente o mesmo brilho.

Não posso simplesmente apagar-te, tirar-te de mim...?

...

A minha essência é esta - e não é triste que resuma isso a ti apenas...? Não posso, nem quero, mas foi o que aconteceu. Envolvi-me demasiado, quis demasiado. E a queda foi gigantesca...

E eu acreditava mesmo, estupidamente, num cantinho de mim, que aquele alguém especial eras tu. E acreditas que acho que alguma célula de mim ainda hoje acredita nisso...?


Maldito o dia em que te falei.





"All of those moments that already passed, we'll try to go back and make them last..."
Lorelai


Música: "Lullaby", Shawn Mullins


O amor. Existe, não existe? Invenção dos poetas, sentimento real e inerente ao ser humano apenas? E inerente a todos os seres humanos, ou apenas a algumas raridades? E será amor o que se sente quando, por exemplo, se casa com alguém? Ou é uma simples atracção física? Talvez uma sensação de conforto quando se está junto a essa pessoa; ou será a conta bancária, o desejo de ter filhos? O amor… Isso existe?

Como diz o amigo de Joan do filme “Playing By Heart – Entre Estranhos e Amantes" (um dos meus filmes preferidos de todos os tempos), com uma grande interpretação da Angelina Jolie: “Definitely, most definitely: talkin’ about love is like dancing about architecture." Será, realmente, um disparate tão grande, falar sobre o amor? Eu não sei. Mas concordo com a Joan: “I don’t know; maybe he’s right. But that ain’t gonna stop me from trying!"

Quantas vezes não ouvimos dizer “Os homens são todos iguais!"? E também muitos representantes do sexo masculino consideram que “as mulheres são todas iguais". Não acham que esse é o maior disparate do Mundo? Se rapazes e raparigas são tão diferentes – e são… muito mesmo – o mesmo acontece dentro de cada género; há miúdas que são um pesadelo… mas nem todas são assim tão más. E, sim, definitivamente, há tantos putos que não merecem a pena… mas ainda acredito que, algures, há rapazes que crescem também no interior, e merecem o trabalho de nos darmos conta da sua existência. Não podemos cair na falácia da generalização precipitada; talvez a amostra tenha sido insuficiente ou mesmo irrelevante…

Adolescência. Tempo difícil, não é? E não será que também é um tempo em que não podemos julgar tão radicalmente o Mundo? Ainda temos tanto para viver… E àquelas pessoas (relações amorosas ou não) que não merecem a pena, limitemo-nos a berrar-lhes: “GET OUT!!! LEAVE!". E desfrutemos depois do maravilhoso sentimento de liberdade e consciência limpa…

Mesmo assim, não sei como, não sei porquê… mas ainda tenho uma esperança no fundo do peito. Outra ilusão? Só espero bem que não.

E agora vou-me. Porque, aconteça o que acontecer, temos de ser fortes e continuar em frente; “you gotta keep on keepin’ on, you gotta hold your head high, gotta work with what you’ve got – and one day you’ll fly". Não podemos perder a esperança; porque, se a perdemos, então perdemos tudo.



[ 7 de Dezembro de 2004.




Porque não quero perder a esperança, apesar de tudo. ]
Lorelai
Música: "Love Show", Skye

Não é nada.

Aliás, não é nada, não. Não posso dizer que não é nada. Se não fosse nada, não falava disso, não pensava nisso. Não é nada, não. Só que não sei que seja.

Não é nada como o que senti por ti no Passado; mas, vendo bem... também não és tu. É outra pessoa, totalmente diferente de ti. Ou pelo menos diferente de ti o suficiente para não me magoar - não do modo que tu me magoaste.

Mas não é nada, não; não é nada comparado com tudo o que vivi contigo. E tudo isso é o que me faz hoje ter medo de deixar esse nada transformar-se em algo - e perder o controlo de mim, do meu mundo meticulosamente organizado e perfeito na sua mediania dourada.

Não, não é nada. Não é mesmo nada. Não pode ser.


[ Só tenho saudades tuas ]
Lorelai

Música: "My Hero", Foo Fighters

Estive a pensar e decidi que, se um dia eu tiver filhos, não os quero a crescer no meio da cidade. Hei-de ir para os subúrbios, no mínimo - ou algures para longe das ditas grandes metrópoles.

Não sei se foi só sorte - ou azar, na verdade - o que sempre me aconteceu em relação às pessoas que fizeram parte da minha vida. Só que o facto é que os meus amigos verdadeiros, dignos de tal nome e que se tenham mantido, são dois ou três... E agora, que chego à Faculdade e sou recebida por uma data de gente de braços abertos, vejo como certas mentalidades, de pessoas "extra-Lisboa", são totalmente diferentes - e de uma forma mil vezes mais positiva. E dão muito mais valor ao que eu considero mais importante - relações decentes e atenciosas para com os outros.

Não sei se é dos ares citadinos, não sei se é só a minha experiência pessoal a deturpar as ideias - mas acho que Lisboa vicia as pessoas (ou será que são as pessoas que viciam as outras?). Há outro espírito nas pessoas que vêm de fora - mesmo que seja só de uns meros quilómetros. A vida em Lisboa amorfa, sufoca, faz crescer depressa demais.

Amo Lisboa... Mas como qualquer grande amor, tem que se ter cuidado com ele, saber dosear a paixão para não destruir toda e qualquer emoção...
Lorelai
Música: "Childhood Dreams", Nelly Furtado

Penso ser claro que todas as raparigas anseiam pelo seu Príncipe Encantado. Quando no fim de um dia em que nada correu bem só te apetece fechar os olhos e sonhar… Sabe bem poder abri-los e ver algo melhor que qualquer sonho mais que perfeito. Sentir carinho, apoio, amor… Sentir alguém.

O Príncipe e o vazio acabam por ser duas coisas relacionadas. Compreende-se perfeitamente: porque em tendo esse príncipe… Tudo parece completo. Só ouvimos aquela voz na nossa mente, só vemos aquele sorriso quando vejamos os olhos, só sentimos aquele toque quando sonhamos… E durante uns tempos, quando essa pessoa dá sinais de saber da nossa existência… É maravilhoso, é o céu na terra… E, por vezes, dá-nos depois um pequeno Inferno.

Sei o que é alguém entrar na nossa vida e mudá-la por completo. Por vezes, muda mais ou menos. Para melhor ou para pior. Mas muda, isso é inevitável. Seja por um período mais longo, mais curto, mais feliz ou mais infeliz. A mudança é assim.

E eu gosto dela. Porque, apesar de todos os sentimentos contraditórios, ela é preciosa, essencial à nossa vida. É óptima, nem que seja num segundo, em certos segundos. Faz parte da vida, faz parte de nós. Constitui-nos. E, quando acontece a nível emocional, é o melhor sentimento caso se trate do amor…

Cada palavra, por mais simples que seja, como “olá”, se for dita pela voz dele é… a mais doce combinação de letras que alguma vez me tocou os ouvidos. Um toque descuidado e despercebido, se for dele, é o mais fantástico gesto que alguma vez vi. O sorriso dele… só aquele sorriso é tudo. O olhar dele fixo nos meus olhos… e sente-se alguma coisa por dentro, mais quente, mais… verdadeira. Ou será?

O problema é que, por vezes, nos iludimos. Mas como vi outro dia, em algum lado: “é por isto que nos desiludimos e de novo nos iludimos: andamos à procura”. Andamos à procura. Mais: andamos à procura de alguém, diria eu.

Talvez já a tenhamos encontrado, talvez nunca tenha cruzado o nosso caminho, talvez ainda a não tenhamos visto “com olhos de ver”. Talvez julguemos já a ter encontrado… e não seja bem assim. E daí talvez não.

Quem sabe?
Lorelai
Música: "Give Me Novacaine", Green Day

Sonhei com ele, não contigo. Há algo para além de ti, aparentemente. Mas continuas presente em tudo o que faço, nas marcas todas que me deixaste.

Tenho medo de me voltar a dar, de me voltar a apaixonar. O nosso nada afecta tudo o que faço – toda a minha relação com ele, por tua causa.

Dizem sempre que a História se repete. E se a nossa história também se repetir?

Não me quero voltar a magoar. Então impeço-me de me voltar a dar. Talvez inventando motivos, talvez vendo, simplesmente, com olhos bem mais despertos o que me rodeia.

Marcaste-me. Marcaste-me de forma tão profunda que, mesmo quando sonho com ele, penso em ti.

Tornei-me demasiado igual a ti, por tudo o que passámos. Com medo, medo de viver, de sentir.

Vou então esperar que isso mude, que alguém me ajude a mudar, a levar esses sentimentos para longe. Não vais ser tu; nem vai ser ele. Mas esperar é tudo o que posso fazer: esperar por alguém, esperar por algo, esperar que este medo desapareça…
Lorelai

Música: "New Year", Sugababes

E quanto tenho uma passagem de ano da treta, só penso em ti. Lembro-me que há um ano atrás tinha uma série de esperanças, expectativas, agora visivelmente goradas.

Odeio esta altura do ano, porque acabo a pensar em ti. Porque nos piores momentos, bem ou mal, de forma real ou irreal, tu estiveste lá.

E se não fosses tu, ilusão ou não, tenho a certeza que não teria aguentado, ultrapassado tudo; não me teria transformado em quem sou hoje.

Ainda que nada signifique... obrigada. E adeus. Dou-te a deus - é o que é suposto fazermos a quem amamos, correcto? Confiar essa pessoa a uma força maior que a proteja, impeça qualquer sofrimento. Que tenha o dom de lhe conceder a felicidade.

Adeus. Dou-te a deus.

Feliz 2007... espero.

(A imagem simplesmente porque me deu uma nostalgia tremenda e umas saudades de Londres... e porque simplesmente amei o fogo de artifício do London Eye... =) lindo!)