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Penso ser claro que todas as raparigas anseiam pelo seu Príncipe Encantado. Quando no fim de um dia em que nada correu bem só te apetece fechar os olhos e sonhar… Sabe bem poder abri-los e ver algo melhor que qualquer sonho mais que perfeito. Sentir carinho, apoio, amor… Sentir alguém.
O Príncipe e o vazio acabam por ser duas coisas relacionadas. Compreende-se perfeitamente: porque em tendo esse príncipe… Tudo parece completo. Só ouvimos aquela voz na nossa mente, só vemos aquele sorriso quando vejamos os olhos, só sentimos aquele toque quando sonhamos… E durante uns tempos, quando essa pessoa dá sinais de saber da nossa existência… É maravilhoso, é o céu na terra… E, por vezes, dá-nos depois um pequeno Inferno.
Sei o que é alguém entrar na nossa vida e mudá-la por completo. Por vezes, muda mais ou menos. Para melhor ou para pior. Mas muda, isso é inevitável. Seja por um período mais longo, mais curto, mais feliz ou mais infeliz. A mudança é assim.
E eu gosto dela. Porque, apesar de todos os sentimentos contraditórios, ela é preciosa, essencial à nossa vida. É óptima, nem que seja num segundo, em certos segundos. Faz parte da vida, faz parte de nós. Constitui-nos. E, quando acontece a nível emocional, é o melhor sentimento caso se trate do amor…
Cada palavra, por mais simples que seja, como “olá”, se for dita pela voz dele é… a mais doce combinação de letras que alguma vez me tocou os ouvidos. Um toque descuidado e despercebido, se for dele, é o mais fantástico gesto que alguma vez vi. O sorriso dele… só aquele sorriso é tudo. O olhar dele fixo nos meus olhos… e sente-se alguma coisa por dentro, mais quente, mais… verdadeira. Ou será?
O problema é que, por vezes, nos iludimos. Mas como vi outro dia, em algum lado: “é por isto que nos desiludimos e de novo nos iludimos: andamos à procura”. Andamos à procura. Mais: andamos à procura de alguém, diria eu.
Talvez já a tenhamos encontrado, talvez nunca tenha cruzado o nosso caminho, talvez ainda a não tenhamos visto “com olhos de ver”. Talvez julguemos já a ter encontrado… e não seja bem assim. E daí talvez não.
Quem sabe?