Certas coisas tocam-nos bem fundo nos nervos. Pessoas há a quem é a mal-educação, o cinismo, a ingratidão. Nos últimos tempos, a mim, tem-me incomodado particularmente a falta de coragem e de carácter de quem tinha em grande conta (não de toda a gente que tenho em grande conta, mal fosse. Mas de gente, vá).
Nem todos os momentos são fáceis. Quantas vezes nos surgem empecilhos que nos dão cabo da vida? Se formos a ver, a grande maioria desses obstáculos deve-se à existência de outras pessoas na nossa vida. Porque não estamos sós. E ainda que não considere que todos sejamos responsáveis pelos sentimentos de cada um, há um mínimo de decência que eu considero imprescindível naqueles que classifico genericamente de "boas pessoas" (infantil, eu sei).
Nem todos pensam ou sentem da mesma maneira. Por vezes, os sonhos e desejos de outras pessoas colidem connosco. Pensam o que não pensamos. Querem o que não queremos. Sentem o que não sentimos.
Para mim - opinião muito pessoal - a maneira como lidamos (ou não) com isso pode ser aquilo que nos distingue. Ou que nos torna igual a todos os outros.