Música: "You're Beautiful", James Blunt Vinha eu outro dia no metro (num daqueles momentos em que, sem ninguém perceber muito bem porquê, nunca mais se sai da mesma estação), quando entrou uma rapariga mesmo para a minha frente. Tinha ar de caloira de Faculdade, mas não foi isso que me chamou a atenção (independentemente da minha recente nostalgia em relação à vida académica). Mal vi o rosto daquela miúda, soube que ela estava apaixonada. Até estranhei ela não estar com alguém ao lado - porque a expressão que ela trazia era a típica face de quem está com "aquela" pessoa.
Pois bem, não me enganei. Passados alguns segundos, entrou o namorado dela. Não há realmente palavras que captem com todo o rigor a expressão de pessoas apaixonadas, mas parece quase inato saber estas coisas, pelo menos a quem já cá anda há alguns anos. Há uma espécie de aura (passe o espiritualismo), como se uma qualquer bolha colocasse aquelas duas pessoas no seu pequeno mundo à parte. E é tão fácil ver isso nos outros; difícil é reconhecê-lo quando nos acontece a nós.
Andar de metro tem destas coisas engraçadas - como andar na rua, aliás (se nos dignarmos a abrir um bocadinho os olhos para os outros, ao invés de nos massacrarmos na nossa própria mente). O mais cómico de ver - e que me fez sorrir, reconheço - foi a forma absurdamente pateta em como eles discutiam se seria ou não mais rápido ir a pé até S. Sebastião em vez de esperar que o metro se decidisse a partir. Ela argumentava que sim, que pelo tempo que estavam à espera já estariam no Saldanha; ele respondia calmamente que não, que ela que não fosse tola. Só que, por mais insistente que um ou outro fosse, acabavam sempre com um sorriso idiota na cara e um beijo partilhado. Acaba por ser bonito, como dizia a minha avó, ver cenas destas num mundo que está cada vez mais cínico. Dá esperança.
Pois bem, não me enganei. Passados alguns segundos, entrou o namorado dela. Não há realmente palavras que captem com todo o rigor a expressão de pessoas apaixonadas, mas parece quase inato saber estas coisas, pelo menos a quem já cá anda há alguns anos. Há uma espécie de aura (passe o espiritualismo), como se uma qualquer bolha colocasse aquelas duas pessoas no seu pequeno mundo à parte. E é tão fácil ver isso nos outros; difícil é reconhecê-lo quando nos acontece a nós.
Andar de metro tem destas coisas engraçadas - como andar na rua, aliás (se nos dignarmos a abrir um bocadinho os olhos para os outros, ao invés de nos massacrarmos na nossa própria mente). O mais cómico de ver - e que me fez sorrir, reconheço - foi a forma absurdamente pateta em como eles discutiam se seria ou não mais rápido ir a pé até S. Sebastião em vez de esperar que o metro se decidisse a partir. Ela argumentava que sim, que pelo tempo que estavam à espera já estariam no Saldanha; ele respondia calmamente que não, que ela que não fosse tola. Só que, por mais insistente que um ou outro fosse, acabavam sempre com um sorriso idiota na cara e um beijo partilhado. Acaba por ser bonito, como dizia a minha avó, ver cenas destas num mundo que está cada vez mais cínico. Dá esperança.
[ i am a dreamer and when i wake you can't break my spirit - it's my dreams you take. ]
bonito é ter esperança meu amor, muita, muita, muita. porque é ela que nos faz ver as coisas bonitas da vida :)
só consigo pensar que ja nao sei o que é andar de metro! aaaaaaah comodismo, a quanto obrigas! :p
Ah mais uma coisa, tenho a dizer à Marta aí em cima que nao consigo comentar no blog dela porque nao consigo por a verificaçao de palavras. O layout que ela pos esconde essa parte. Portanto das duas, uma: ou muda o layout ou tira a verificaçao de palavras. Eu tirava a verificaçao d palavras porque para quem comenta, que é o meu caso, é uma grande seca! Byeee xx